sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tentando entender

Você está feliz por ter passado o dia de ontem maravilhosamente bem na sua primeira viagem para fora do estado e de repente recebe a notícia que ninguém sabe como lidar: alguém morreu.
São nessas horas que realmente repenso minha vida. E, principalmente, repenso a vida em si. Para quê ela existe? 
Eu não começo um relacionamento que eu sei que não vai dar certo. Eu não escrevo um texto quando ainda não sei do final. Eu não ponho mais comida do que a que eu consigo comer no prato. Aí me vem essa coisa, essa vida, que simplesmente acaba quando não se espera. Que leva alguém que não merecia ir. Que faz sofrer que não merecia sofrer.
Eu não entendo. Logo eu, que sou um poço de teimosia e persistência, que procuro respostas para as menores interrogações da vida, não tenho palavras para tentar explicar o porquê da vida. 
Ela não deveria existir. Se vai acabar, por que começar? 
Tudo bem que você deixa seus ensinamentos aqui, com as pessoas. Mas essas pessoas também vão morrer um dia. 
É uma coisa que me fascina e, de tanto fascinar, me irrita. 
Quem morreu foi um professor lá da escola e, não vou fingir dores maiores do que a dos familiares e amigos próximos porque, além dele não ter sido meu professor, eu mal o via. De vez em quando ele falava algo sobre meu cabelo queimar e/ou brigar sobre o barulho excessivo. Mas mortes sempre me deixam tristes, é inevitável. 
Quando alguém morre, eu passo dias pensando. Não é segredo para quem me conhece que o meu maior medo é o da morte. Só de pensar, um arrepio percorre a minha espinha. De vez em quando chego a chorar, acreditem se quiser! Quase 16 anos e chorando feito bebê, exatamente. 
Antigamente, eu tinha um blog chamado "Minhas Coincidências", só porque eu achava o nome coincidências muito bonito e difícil. Depois de crescer, fiquei em dúvida: será que ela existe ou não? 
Na última aula do curso de inglês, o professor pediu para pensarmos em nosso epitáfio. Na quinta, minha prima disse que, curiosamente, o professor que morreu deu aulas de educação física a todos os alunos naquele dia, mesmo esse não sendo seu papel. Coincidência ou não, a vida é um troço esquisito. Tão esquisito a ponto de me fascinar e me irritar ao mesmo tempo! Logo a mim!
Só sei que ele era muito querido e especial para ir assim, de uma vez. Vai continuar vivo durante muito tempo dentro de quem o amava.
PS.: Meus pêsames a toda uma família e à sua legião de amigos e fãs. 

2 comentários:

  1. Pensar sobre a morte não é uma coisa que me irrita,mas me deixa extremamente angustiada, já perdi tantos que amo e morro de medo da morte.
    Algumas pessoas mesmo perdendo quem ama não muda, mas eu mudei bastante, sempre que estou vivendo um momento que esta me fazendo feliz, ou apenas aqueles instantes bobos quando estou junto aos meus pais eu tento absorver e viver intensamente, do meu jeito aquele momento, porque sei que um dia ele vai ser apenas uma nostalgia triste.
    Mas não se tem muito o que fazer, a única certeza que todos temos é que um dia vamos morrer, por isso que por mais clichê que seja temos que aproveitar cada segundo da nossa vida.
    Beijos e meus pêsames.

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  2. Eu entendo perfeitamente. Senti o mesmo que você e concordo em cada palavra digitada.
    Pêsames para todos nós. Vamos superar, pois sentimos, pois ele CONVIVIA conosco!
    Um beijo,
    Jade.

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