domingo, 19 de junho de 2011

Ela leu livros.

Ela caminhava lentamente, pois não queria arranhar seus joelhos no mato alto. Ninguém sabe o que poderia ter ali. Sentou em baixo da maior árvore que viu. Ameaçava chover fortemente.

Morreu. Ressuscitou. Virou um animal. Matou. Morreu. Correu, correu. Viajou para à França. Conheceu a estátua da liberdade. Ganhou presente do Papai Noel na Finlândia. Conheceu o Justin Bieber. Espantou dores, trouxe só felicidade. Espantou felicidades, trouxe só dores. Caiu da ponte, mas não morreu. Virou um robô. Criou uma fábrica de chocolates. Foi princesa, teve um príncipe. Ganhou um oscar. Achou culpados, foi achada. Tinha uma irmã gêmea. Era terrorista. Morava na Terra do Nunca. Foi sedentária, obesa, anorexica. Morreu de câncer. Era babá. Fez intercâmbio. Foi loira, ruiva, morena. Amou, não foi amada. Foi amada, não amou.

Ela levantou-se, ainda presa num mundo imaginário de tantos livros, porque é assim mesmo que ficamos: achamos que o mundo imaginário e o real, e vice-versa, e cambaleou organizando suas ideias. Depois de alguns minutos, podia-se ver um ponto ao longe. Era ela, certamente.

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